Campanha da Fraternidade-2005 Ecumênica

 

A Campanha da Fraternidade-2005 Ecumênica quer unir Igrejas cristãs e pessoas de boa vontade na superação da violência, promovendo a solidariedade e a construção de uma cultura de paz.

O tema é “Solidariedade e paz”, e o lema, “Felizes os que promovem a paz”.

Esta é a segunda Campanha que as Igrejas participantes preparam e realizam em parceria, coordenadas pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC). A primeira foi no ano 2000.

Com esse trabalho conjunto, as Igrejas testemunham a beleza da unidade na diversidade e seu desejo de serem sinais de paz e de reconciliação.

A CF-2005 Ecumênica desafia a sociedade brasileira a se unir na busca do bem comum e da verdadeira paz.


Árvore da Paz do Colégio São José


A paz é fruto da solidariedade

Todos seremos felizes se, de braços abertos, nos acolhermos uns aos outros.

Violência e exclusão são os sinais mais eloqüentes da falta de solidariedade. Deixar alguém ser excluído é achar que um filho ou filha de Deus é menos gente, não precisa ser levado(a) em conta, não deveria existir.

Nossa maior segurança seria todos poderem confiar em todos, todos poderem contar com todos, ninguém ser indiferente ao sofrimento do outro.


Felizes os que promovem a paz

A CF-2005 Ecumênica nos faz vivenciar a felicidade de duas maneiras: educando para a solidariedade e promovendo a parceria ecumênica. O relacionamento fraterno entre as Igrejas já é testemunho da paz que buscamos.


Objetivos da CF-2005 Ecumênica

Trecho do Texto-base:

14. É este o objetivo geral da CF-2005 Ecumênica, definido pelas Igrejas que a promovem: "Unir Igrejas cristãs e pessoas de boa vontade na superação da violência, promovendo a solidariedade e a construção de uma cultura de paz". Esse objetivo geral se desenvolve em objetivos mais delimitados, ligados a aspectos particulares do desafio da construção da paz por meio de uma postura solidária. São, portanto, objetivos específicos:

·       colocar no centro da vida e do testemunho das Igrejas a preocupação e o esforço de superar a violência e de promover a solidariedade e a paz; alertar sobre o mau uso da identidade religiosa e étnica e lembrar o compromisso das religiões para com a paz;

·       desafiar as Igrejas a superar o espírito, a lógica e a prática da violência, tanto direta quanto estrutural, e a se opor a qualquer forma de violência, exclusão e intolerância;

·         promover uma espiritualidade alicerçada na reconciliação e na solidariedade;

·         promover ações públicas para reformar e aperfeiçoar a legislação e as instituições responsáveis pela segurança pública, tendo em vista o respeito aos direitos humanos e a sua inviolabilidade;

·         denunciar as injustiças e apoiar iniciativas de reformas estruturais que visem à transformação das condições econômicas, sociais e culturais que causam violência;

·         colocar-se ao lado dos desfavorecidos e contribuir para soluções não violentas dos conflitos sociais.


Jesus nos deu a paz

Trecho do Texto-base:

25. Jesus aponta caminhos de paz. À paz não se chega pela mentira, pela fome, pela guerra, pela imposição da vontade do mais forte, pela construção de muros defensivos. Não se alcança a paz por caminhos violentos. Os remédios que Jesus aponta vão na contramão da violência: caridade, amor fraterno, perdão, solidariedade, resgate do pecador, reintegração de excluídos. A paz exige meios pacíficos e pessoas com uma espiritualidade pacificadora. Essas pessoas, diz o Evangelho, serão chamadas "filhos de Deus", não porque os(as) outros(as) não o sejam. É que elas retratam em suas atitudes e ações a própria face do Pai, que nos ensina a corrigir os desvios do pecado não com outros pecados, mas com a corajosa firmeza de quem só aceita combater o mal com o bem, como fez Jesus. A pior coisa que uma pessoa violenta pode fazer conosco é nos transformar em alguém igual a si mesma. Jesus não permitiu que fizessem isso com ele: não respondeu à agressão com agressão, não chamou o fogo do Céu para destruir os inimigos. Suas atitudes eram as de quem podia dizer: "Aquele que me viu, viu o Pai" (Jo 14,9). Era o legítimo Filho de Deus, em todos os sentidos.


Década para Superar a Violência

A CF-2005 Ecumênica está em sintonia com a Década para Superar a Violência (2001-2010), proposta pelo Conselho Mundial de Igrejas.

No Brasil, o CONIC assumiu esse projeto junto com outras organizações ecumênicas.

Fundado em 1982 como associação fraterna de Igrejas que confessam o Senhor Jesus Cristo como Deus e Salvador, o CONIC tem como membros as seguintes Igrejas cristãs: Igreja Católica Apostólica Romana, Igreja Ortodoxa Siriana do Brasil, Igreja Cristã Reformada, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Igreja Metodista e Igreja Presbiteriana Unida.


Cartaz da CF-2005 Ecumênica


O cartaz quer despertar sentimentos e estimular a reflexão. A paz não é algo que se ganha da noite para o dia. É um processo de sensibilização, de conquistas e de vitórias que começa em cada um de nós e passa para nossas casas e cidades, podendo um dia atingir todo o planeta.

O tema, no cartaz, é expresso de forma lúdica. A idéia central é ver a busca da solidariedade e da paz como um caminho de construção de alegria, e não como uma obrigação penosa.

A leitura do cartaz começa no título, passa pelo abraço e segue pelas bandeiras, onde se localiza a logomarca do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), que promove a CF-2005 Ecumênica e representa as instituições que apóiam e incentivam a busca e manutenção de um ambiente de paz e de ternura.

A imagem da menina foi escolhida porque parece não haver nada mais puro e sincero que o sorriso de uma criança. Seus sonhos e desejos são transmitidos num olhar de carinho, que clama por cuidado, proteção e amor. Seus longos braços abertos abraçam uma importante causa, tornando-a receptiva a qualquer pessoa que queira construir algo diferente da violência geral em que vivemos. O desenho estilizado faz da criança a imagem de todas as crianças ou de todas as pessoas, sem identificação específica de classe ou etnia.

Usamos uma figura clássica de pedido de paz, as bandeiras brancas, que se destacam numa grande Terra, sem identificar territórios específicos. A paz, já indicada no abraço da criança, deve se estender ao mundo inteiro.

O cartaz sugere que queremos ver o mundo com os olhos de uma criança, que devemos deixar a criança existente em cada um de nós falar mais alto, para observar o mundo como ele deve ser: um mundo feliz, de solidariedade e de paz.

Queremos um mundo onde as crianças - sinal dos pequenos amados por Deus - possam brincar em paz. Um mundo seguro para os pequenos será um mundo seguro e feliz para todos. 

(Elaine F. Carvalho, Fausto Alves, Thaiz H. Tartari e Marina Franco Alves, da PUC-Campinas, vencedores do Concurso Nacional para Cartaz da CF-2005 Ecumênica.)



        Oração da CF-2005 Ecumênica

          Ó Senhor, Deus da vida,
          que cuidas de toda criação, dá-nos a paz!

          Que a nossa segurança não venha das armas,
          mas do respeito.

          Que a nossa força não seja a violência,
          mas o amor.

          Que a nossa riqueza não seja o dinheiro,
          mas a partilha.

          Que o nosso caminho não seja a ambição,
          mas a justiça.

          Que a nossa vitória não seja a vingança,
          mas o perdão.

          Desarmados e confiantes, queremos defender
          a dignidade de toda criação, partilhando,
          hoje e sempre, o pão da solidariedade e da paz.

          Por Jesus Cristo teu Filho divino, nosso irmão,
          que, feito vítima da nossa violência,
          ainda do alto da cruz, deu a todos o teu perdão.

          Amém!

 


Sites recomendados:
www.cnbb.org.br
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