PROJETO: MARCAS DO TEMPO: O BRASIL É CAFÉ
PÚBLICO-ALVO: 6º e 7º Ano A, B, C e D.
DATAS PREVISTAS DAS VISITAS: Japurá (Junho/2007); Sítio Hipona (Agosto/2007); Fazenda Santa Cecília (Setembro/2007)
Áreas envolvidas: Artes (Profa. Aninha), Ciências (Prof. MSc. Gustavo), Geografia (Prof. Janete) e História (Profa. MSc. Gláucia).
Coordenação: Mara Cristina B. S. Freitas
“Quente como o inferno,
Preto como o carvão,
Forte como o Diabo.
E doce como o amor.”
Talleyrand
“Quente como o sol,
Preto como a noite,
Forte como o Amor.
Doce como a Flor”
Adaptação da Profa. Aninha
INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVAS
O café desempenhou um papel fundamental para a estruturação da sociedade brasileira após o período imperial. A economia do Brasil era movimentada pelo cheiro impregnante e o sabor amargo do café.
A primeira refeição dos lares brasileiros é chamada de café-da-manhã. As visitas são calorosamente recebidas com xávenas. Quantas conversas não são embaladas por um cafezinho. Decisões importantes são amenizadas ou amarguradas ao sabor do café. O lixo e o luxo se congregam no líquido cor de ébano, fumegante e agradável ao olfato, além de estimulante de sensações.
Dada a importância econômica do passado, o uso cotidiano e imperceptível do café em nossa sociedade e as influências artísticas motivadas por ele, pretendemos em 2007, no projeto Marcas do Tempo, mostrar que o Brasil é café.
OBJETIVOS
-Discutir a importância histórica, social, artística e econômica do café para a construção da realidade brasileira;
-Fornecer um amplo quadro das transformações ocorridas nas regiões cafeicultoras entre a segunda metade do séc. XIX e a primeira década do séc. XX;
-Refletir sobre a importância do cultivo do solo e utilização da mão de obra italiana (imigração) para o desenvolvimento da economia cafeeira.
METODOLOGIA E AVALIAÇÃO
Para a realização do projeto, serão realizadas discussões teóricas em uma abordagem seguindo os pressupostos do método dialético. Essas discussões servirão como fundamentação para o desenvolvimento das demais estratégias descritas a seguir.
A abertura do projeto contará com uma palestra proferida pela coordenadora do EFIII, Mara Cristina B. S. Freitas, especialista em cafés.
Primeiramente, os 7os anos realizarão uma visita aos vilarejos de Japurá, em Tabapuã, e Vila Ventura, em Ibirá. Esses dois vilarejos tiveram seu auge no ciclo do café, que se materializa no casarão do Capitão Ventura e na estação ferroviária de Japurá, uma afiliada da antiga companhia férrea Araraquarense. Será uma oportunidade também de resgatar a história regional a partir de depoimentos orais, trabalhando o imaginário coletivo.
Um próximo passo será o desenvolvimento de atividades relacionadas ao cultivo do solo que serão realizadas no Sítio Hipona com os 6os anos.
A última visita será realizada com alunos do 6os anos que conhecerão a Fazenda Santa Cecília, no município de Cajuru, nas cercanias de Ribeirão Preto. Nessa fazenda, os alunos conhecerão além das influências na arquitetura, também nos objetos, vestuário e nas artes plásticas. Os alunos terão oportunidade de vislumbrar estilos importados durante o ciclo do café, principalmente da França. Eles ainda conhecerão nessa fazenda todas as etapas de produção e beneficiamento do café.
Como Cajuru é próximo a Brodósqui, os alunos visitarão o museu do mais importante artista pictórico brasileiro, localizado neste município: Cândido Portinari. Ressalta-se que este artista, devido a época em que ele produziu suas obras de arte, utilizou o café como tema gerador da sua criação.
O projeto será encerrado com a produção de uma instalação, na qual serão representadas todas as etapas do projeto e que contará com uma estrutura interativa que estimulará cada um dos cinco sentidos: a beleza da releitura das obras dos artistas envolvidos, o estímulo tátil dos elementos expostos, a sonoridade dos ritmos que embalaram este ciclo e, como síntese de brasilidade, o cheiro do café e seus sabores.
São José do Rio Preto, Maio de 2007.