Os alunos dos 4ºs anos do Colégio Agostiniano São José foram visitar a Fazenda Santa Maria do Monjolinho, no município de São Carlos.
O objetivo dessa visita cultural é tornar possível uma comparação e uma compreensão crítico-histórica do passado e do presente, relacionando os conteúdos estudados em sala de aula, questionando e explorando aspectos desses patrimônios históricos e culturais.
A Fazenda Santa Maria do Monjolinho é patrimônio histórico. Preserva características originais do século XIX, tendo sido propriedade da família Malta Souza Campos.
Os alunos compartilham essa experiência nos relatos abaixo.
Equipe Pedagógica do 4º ano
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Viagem à Fazenda Santa Maria do Monjolinho
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“Foi uma viagem inesquecível, aprendemos muito sobre a história do Brasil nos séculos XIX e XX.
Além da parte histórica tivemos contato com a natureza, vimos animais, plantas e fungos muito interessantes e andamos de charrete e trenzinho.
Não podemos esquecer de falar da maravilhosa comida da fazenda. Esta viagem deixou saudades.”
Alunos do 4º ano A. Tutora: Gabriela
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“O objetivo do passeio para a Fazenda Santa Maria foi aprendermos mais sobre a vida dos escravos. Aprendemos que os escravos trabalhavam na produção do café, plantando e colhendo. Após a colheita, o café era enviado para uma máquina onde se separavam os grãos um a um, ele era lavado e colocado para secar no terreiro.
Na Fazenda havia a casa-grande, lugar onde moravam os donos da fazenda. Atualmente foi transformada em museu para abrigar todos os objetos utilizados na época, nela estão guardados vários objetos antigos, muitos desses objetos eram usados para os castigos dos escravos, entre eles o ”vira-mundo”, instrumento feito de ferro, com buracos grandes e pequenos para os pés e para as mãos que eram presos inversamente, ou seja: mão direita com pé esquerdo, mão esquerda com pé direito. O escravo era deixado nessa posição dolorosa por dias inteiros, e por vezes o sofrimento do “vira-mundo” era acompanhado de chibatadas e pontapés por parte do feitor.
Entre os objetos valiosos, estão um conjunto de louças com bordas em ouro e talhares de prata, tudo organizado na época para receber a ilustre visita de D. Pedro l, porém, o encontro nunca aconteceu, pois, a família real foi expulsa do país neste mesmo ano. Na casa também havia uma biblioteca repleta de livros e revistas de diferentes épocas e autores de diversos países. Uma forma de lazer e distração dos moradores da fazenda era sentar-se na sala para conversar e ouvir música por um instrumento musical muito antigo, o gramofone.
Um fato curioso sobre a casa-grande é que os restauradores descobriram sete camadas de tinta, segundo eles, a residência recebia uma nova pintura a cada ano, seguindo a tendência da moda.
Para benefício da fazenda e de seus moradores, a água utilizada na propriedade desde sua construção vem de um desvio construído pelos escravos, a água é proveniente de uma fonte que também era utilizada na roda d’ água para o fornecimento de energia da máquina de café.
Outro espaço interessante é a senzala, lugar onde se abrigavam os escravos da fazenda. Logo após a libertação dos escravos, a senzala foi utilizada como moradia pelos imigrantes italianos, que fizeram algumas mudanças na estrutura da mesma para abrigar suas famílias. Em frente à senzala havia o tronco, outro instrumento de tortura, uma estrutura de madeira com buracos e quase sempre correntes, utilizado para punir escravos “desobedientes”.Terminamos o passeio com mais conhecimento, além da diversão foi uma viagem na história do nosso país.”
Alunos do 4º ano B. Tutora: Flávia
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“Visitamos a Fazenda Santa Maria para aumentar o nosso conhecimento histórico sobre a época da escravidão. A fazenda possuía vários escravos para a produção de café.
A “Casa Grande” hoje em dia é usada como um museu para guardar os antigos artefatos usados na época da escravidão.
No museu, vimos um jogo de jantar que foi comprado para receber Dom Pedro, mas a família real foi expulsa do Brasil antes mesmo de visitar a fazenda. Também conhecemos diferentes objetos das viagens internacionais que a família realizava. Descobrimos que antigamente era utilizado um penico diferente para as pessoas fazerem suas necessidades.
O museu possui uma biblioteca com muitos livros e revistas de antigos; vimos até um jornal que falava da “Lei Aurea”.
Também realizamos uma trilha que possui um desvio de água feito pelos escravos. Esse canal foi feito para levar água até a casa grande.
Na tuia conhecemos uma máquina que conseguia separar os 12 tipos de grãos de café e também a palha, que era usada como adubo nos cafezais. Depois, o café era lavado e secado no terreiro. A energia criada para fazer a máquina de grãos funcionar vinha de uma roda d’água que ficava do lado de fora da tuia.
Na senzala da fazenda vimos o tronco em que os escravos eram castigados. Mais tarde a senzala foi transformada em casas para os imigrantes que vieram trabalhar nos cafezais.
No passado, a estação de trem do Monjolinho passava por dentro da Fazenda Santa Maria onde levava o café para o porto de Santos e também às pessoas que faziam uma parada na estação para comer e beber alguma coisa.
Antigamente o Beto Carrero usava os cavalos de lá no seu circo.
Nosso passeio foi muito divertido e voltamos para casa cheios de conhecimentos.”
Alunos do 4º ano C. Tutora: Renata
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“A viagem à Fazenda Santa Maria do Monjolinho, em São Carlos, foi muito interessante. Foi possível ampliar os nossos conhecimentos em relação ao passado, pois pudemos vivenciar fatos muito marcantes em nossa história, como conhecer, de modo geral, por meio de uma palestra, a origem da aquisição da fazenda, quem foram os primeiros proprietários, como eles administravam a propriedade, inclusive sobre as primeiras plantações de café e o modo como tratavam os primeiros trabalhadores, os escravos africanos. Além da palestra, visitamos a casa grande que foi transformada em um museu.
O local contém muitos objetos que foram utilizados pelos moradores e os mesmos ficam expostos para visitação. Após conhecer o museu, fizemos uma trilha para conhecer parte da vegetação que é composta por muitas árvores nativas e outras plantadas pelo homem a fim de proteger o rio de enchentes, erosões, lixos etc. Conhecemos também a senzala, local onde os escravos moravam. O espaço sofreu algumas transformações após a vinda dos imigrantes italianos que vieram para trabalhar na fazenda, como a adaptação de portas e janelas. Andamos de charrete e fizemos o mesmo percurso que os escravos faziam para transportar as sacas de café.
Não podemos deixar de falar das comidas deliciosas. Quando chegamos à fazenda, fomos surpreendidos com um belo café da manhã: frutas, pão quentinho, leite, suco, queijo e doce de leite, tudo preparado com muito carinho. O cardápio do almoço também foi surpreendente, as comidas foram feitas no fogão a lenha, o que garantiu um sabor muito especial. E para fechar com chave de ouro comemos um saboroso cachorro-quente no café da tarde.
Conhecer a Fazenda Santa Maria é uma grande oportunidade para quem gosta de voltar ao passado e vivenciar grandes momentos de aventura.”
Alunos do 4º ano D. Tutor: Rafael
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“Quando cheguei no ônibus pensei “nem acredito que chegou o dia!”
Chegamos na fazenda Santa Maria e fomos recepcionados pelos monitores, que nos acompanharam em todas as atividades e nos explicavam contando as histórias da época.
Visitamos a Casa Grande onde moravam os donos do engenho. Foi construída para Dom Pedro II e tem até hoje uma mesa arrumada para ele comer, com pratos banhados a ouro e prata. Conhecemos muitos objetos antigos usados na época.
Aprendemos toda a história do café, e que primeiro é feito a colheita, o grão é lavado, o café vai para a máquina de beneficiamento, ele é torrado e moído.
Conhecemos a senzala, que era onde os escravos moravam. Eles dormiam no chão, um em cima do outro, porque era um lugar pequeno, muito apertado. Foi muito triste ver e saber como era a moradia dos escravos.
Nós pegamos uma trilha e fizemos o caminho que os escravos faziam para colher o café. Tinha muitas árvores antigas, e no meio da trilha tinha bancos para sentarmos e observarmos as árvores que eram gigantes.
Adoramos o café da manhã, tudo feito na própria fazenda. O almoço foi delicioso, muitas opções, tinha doces de sobremesa. Tivemos também um café da tarde antes da nossa volta.
Amamos a viagem, pois aprendemos brincando e foi muito divertido.”
Alunos do 4º ano E. Tutora: Ana Paula Sanchez
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“Quando nós chegamos lá na fazenda Santa Maria eles fizeram muita festa, nós brincamos e assim fomos bem recebidos. Lá nós vimos a Casa Grande onde havia várias coisas antigas, como objetos, móveis e cartas antigas. Objetos que nós nunca havíamos visto, assim foi muito legal. Além disso, vimos pratos de cerâmica com borda de ouro que era para receber Dom Pedro II, mas ele não foi. Foi bem legal conhecer o que já nós já estudávamos, mas agora entendendo na vida real. Nós vimos às imagens e os fatos nos livros, mas ver pessoalmente um lugar com tanta história foi uma experiência muito boa. Também vimos os instrumentos usados antigamente para o castigo dos escravos, como um objeto que prendia as mãos e pés dos escravos e era muito pesado, usado para tortura dos africanos escravizados.
Conhecemos outro espaço da fazenda, onde antigamente era a senzala dos escravos africanos e onde os imigrantes italianos viveram. Esta construção só tinha uma porta e uma janela para dificultar a fuga dos escravos. Depois, com a chegada dos imigrantes, recebeu algumas mudanças. Na frente da senzala havia também o tronco usado para deixar os escravos castigados.
Durante o passeio, fizemos uma trilha que tinha muita mata. Foi bom para ver várias espécies de plantas, árvores muito diferentes e antigas. Foi muito divertido andar pelas trilhas, como uma aventura. Na trilha vimos também o rio Monjolinho, que teve uma parte cavada a mão pelos escravos que formava a represa para a utilização com o café.
Também conhecemos o terreiro utilizado para secar o café, além disso, conhecemos o tanque onde ficava o café, onde tinha a separação das cascas. A máquina de beneficiamento preparava o fruto seco para virar o café.
Participamos de uma palestra sobre a história da fazenda, que explicou muita coisa diferente. Também passeamos de charrete e de trem. Foi uma experiência maravilhosa, nós nos divertimos e aprendemos muito!”
Alunos do 4º ano F. Tutora: Marina Martins
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